sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Recursos Terapêuticos - Entrevista

“O que são recursos terapêuticos? E quais são os recursos terapêuticos utilizados por uma Terapeuta Ocupacional?”

 Para desvendar essa pergunta, fomos atrás de Fernanda Maia, terapeuta ocupacional, de 32 anos, formada na Faculdade Castelo Branco em 2002. Em seu currículo há pós-graduação em Terapia Ocupacional: uma visão dinâmica aplicada à neurologia; Pós-graduação em Arte-terapia e Mestrado em Design (Veja mais: http://www.cbtoecato2011.com.br/cd/resumos/TC0019-1.pdf http://www.cbtoeclato2011.com.br/cd/resumos/TC0019-1.pdf ), além de formações no Método Neuroevolutivo Básico Bobath, Comunicação Alternativa e Ampliada e Integração Sensorial.


No começo da carreira, trabalhou em vários consultórios particulares na área de Neuropediatra. Depois, trabalhou no Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG) onde ficou por mais de seis anos, e também trabalhou no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro atuando na área de Cardipediatria. Atualmente, trabalha no Instituto Fernandes Figueira (IFF – FIOCRUZ), onde é uma das responsáveis pelo projeto Saúde e Brincar (Conheça mais sobre o projeto: http://www.fiocruz.br/portaliff/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=44&sid=40)


Fernanda escolheu a Terapia Ocupacional na época do 2º grau do ensino médio, quando teve oportunidade de conhecer a APAE ( Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais). Encantada com as crianças, como ela mesmo diz “Tão fofas e tão lindas”, principalmente as que tinham a Síndrome de Down, ela decidiu prestar vestibular para Terapia Ocupacional e Psicologia, já que ambos os cursos podiam trabalhar diretamente com esse público alvo. No final das contas, conseguiu passar para os dois cursos, porém após dois anos decidiu trancar o curso de Psicologia e se dedicar totalmente a T.O . “Realmente era aquilo que eu queria. Gosto muito do que eu faço” diz Fernanda orgulhosa da sua escolha.

Falando sobre suas experiências, Fernanda nos contou que teve três casos iguais de meninos na faixa de 4-5 anos de idade, no HFAG, que não paravam quietos na sala de aula. Enquanto a escola queria que os meninos ficassem sentados e escrevendo, os mesmos não queriam nem chegar perto do lápis. Avaliando esse caso, a nossa T.O entrevistada percebeu que eram apenas crianças muito novas que queriam, simplesmente,  “pintar e bordar”. Então utilizou um recurso simples e rápido, como mostrar para as crianças o lúdico do lápis e  do grafismo, brincando de pintar o chão, a camisa, o espelho... Para assim, eles pudessem ter prazer de segurar um lápis.


Ela também participou de casos de neurologia, onde dava algumas orientações e suporte inicial para os pacientes (Como, por exemplo, posiciona-lo corretamente, colocar uma órtese para ajudá-lo, dentre outros) e, também, orientava outros funcionários do hospital. Fernanda, antes de sair do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, fez alguns projetos com pranchas de comunicação, onde o enfoque era nas CTI’s, já que havia muitos casos de pacientes que precisavam de comunicação alternativa. “Acredito que o recurso de comunicação alternativa não é meu. É do paciente.” Disse a T.O.

Uma vez por semana, atendia no ambulatório hospitalar, crianças com febre reumática e devido a isso, fazia reuniões com os pais para conversar, explicar sobre a doença e tirar dúvidas. Já trabalhou, também, na área de internação, onde sua finalidade era diminuir o impacto da internação, principalmente dos bebês, estimulando a criança e ensinando as mães, que na maioria das vezes eram “mães de 1ª viagem”. Para amenizar esses impactos, ela utilizava o lúdico, o brincar.

Atualmente, no IFF, a Fernanda e mais uma T.O e mais quatro psicólogas participam do projeto Saúde e Brincar. Cada dia, em uma unidade diferente do hospital, uma dupla de profissionais, leva o brincar como recurso terapêutico para a criança, já que “a atividade da criança é o brincar” diz a T.O. O atendimento é individual e o brincar serve para tirar essa passividade da criança e para contagiar todos da enfermaria, principalmente a criança e também os pais. Mais nem tudo é brincadeira... Antes dos atendimentos, os profissionais se reúnem horas antes para saber sobre os casos e as patologias dos pacientes, veem se estes possuem alguma precaução com contato físico ou de ar, para que assim possam, dentro do perfil da criança, planejar o melhor modo de brincar. “Elas (as crianças) ficam esperando essa ida... O meu recurso terapêutico é o brincar” fala Fernanda.



Veja o que Fernanda Maia fala mais sobre os recursos terapêuticos:



Trabalho da disciplina “Recursos Terapêuticos”
Alunas: Pamela dos Anjos, Rafaela Andrade e Vanessa Guimarães
*Agradecimentos a Fernanda Maia pela entrevista, além da simpatia e atenção.

sábado, 12 de novembro de 2011

Laboratório de T.O - O corpo fala





Sabia que o corpo fala? É isso mesmo! Não é só por meio de palavras que a gente pode se comunicar. Muitas vezes nosso corpo dá sinais que dizem muito mais que nossa boca. O corpo mostra o que está latente no ser humano, expressa as nossas ansiedades, desejos e conquistas de forma natural mesmo que nossas palavras digam o contrário. Os gestos podem significar mais que você imagina!
O seu corpo é um espelho revelador do seu inconsciente, é a projeção da
sua mente. Ele mostra através de gestos inconscientes, algo que estamos
sentindo, ou mesmo tentando esconder ou disfarçar, e não queremos falar.
São muitos os sinais que o corpo pode dar (sorriso, postura do tórax, abdômen, cabeça, gestos das mãos, dos braços, dos pés, das pernas...) olhar, entonação da voz, dos ruídos e até mesmo da roupa que se está usando, revelando todo momento os seus sentimentos ou mesmo seus pensamentos.

Para que possamos entender o significado do gesto, precisamos fazer uma leitura corporal analisando o contexto da situação, que somente terá sentido quando os gestos apontarem uma congruência da comunicação corporal.

Um gesto isolado não significa nada!

A linguagem corporal quando bem interpretada ajuda-nos a entender melhor o nosso semelhante, e nos permite agir de forma mais inteligente, para um melhor relacionamento familiar, profissional, social. Como também fornecem pistas que revelam quem você é, como pensa e vê o mundo, porque
pensamento, palavra e ação transformam o destino. Compreender a
linguagem dos gestos é construir no interior de cada um mais segurança, autoconfiança e liberdade para escolher sua conduta, pois o homem torna-se responsável pelos seus atos e suas conseqüências.

Atividade:

Com esse propósito de que o "Corpo fala" ,ou seja, é um espelho revelador do inconsciente, a professora nos pediu ,que em uma folha de papel pardo, desenhassemos nós mesmos. Isso aí!! Cada um de nós, tinham que nos desenhar na folha.

Nesse desenho do nosso corpo, nos tinhamos que colocar tudo que fizesse referência ou que tivesse a ver consigo. Podiamos utilizar figuras de revistas, barbantes, sucatas, dentre outros...

Convenhamos...quanto é para falar sobre si mesmo, é tãaaaao complicado, não é??
Não foi fácil...mas teve gente que tirou de letra, não é Geraldo?? rsrs
  
Desenho de Geraldo Albertacci Junior
Se você quizer "desvendar" o significado desse desenho, entre no blog do Geraldo: http://laboratorioemterapiaocupacional.blogspot.com/




domingo, 6 de novembro de 2011

Laboratório de T.O - Rádio Nikosia com Daniela Osório

"Nikosia é ação, intervenção, participação e cumplicidade."
É assim que se define uma estação que transmite a chamada "loucura". É a primeira do estado espanhol com estas características. Os programas são realizados por pessoas que em algum momento tenham sido diagnosticadas com problemas mentais.
Nikosia é um projeto de comunicação social, onde querem contribuir na prevenção da saúde mental, lutando contra o estigma que ainda carregam enfermidades mentais. Nikosia intervem através dos meios de comunicação, utilizando o rádio como meio, participando de numerosas iniciativas em rádios e televisões semanais, universidades, centros culturais e encontros artísticos em instituições psiquiátricas.
Nikosia realiza todo tipo de projetos culturais que favorezam a criatividade e expressão pessoal das pessoas afetadas ou, em algum momento, tenham sido diagnosticadas por instituições psiquiátricas.

ATIVIDADE:

Tivemos o prazer de saber um pouco sobre a rádio Nikosia através de uma palestra realizada pela terapeuta ocupacional, gaúcha, Daniela Ozório.
Ela nos descreveu uma pouco de suas "aventuras" que teve no tempo em que fez seu intercambio em Barcelona (Espanha) e seu envolvimento com o projeto Nikosia. Também nos mostrou e alertou sobre dificuldades que enfrentou em um outro país, com cultura e idioma diferentes, sozinha... Mas contou também de como foi gratificante essa experiência, que com certeza a engrandeceu bastante, tornando-a uma profissional melhor.
Essa palestra nos fez ter um pouco de consciência de como é a nossa profissão!! MUIIIITO BOM!!

Laboratório de T.O - Lazer, direito ou dever de todos? II ENTREVISTA

ATIVIDADE:

Após lermos um texto sobre o que significa, verdadeiramente, a palavra " LAZER ", fomos convocados pela nossa professora (ah! Eu nunca falo o nome da professora né?! rsrs O nome dela é Patrícia Dorneles) para uma nova missão. E como falaria o Capitão Nascimento, do filme " Tropa de Elite" : Missão dada é missão cumprida!!
A missão foi a seguinte: Teriamos que andar pela faculdade e entrevistar 5 pessoas. As perguntas, é claro, estavam relacionadas ao tema " LAZER ". Vejamos as perguntas:
NOME:
SEXO:
IDADE:
ESTADO CIVIL:
OCUPAÇÃO:

-O que é lazer para você?
-Qual é o seu tempo para o lazer durante a semana?
-Quais são as atividades de lazer?


Fácil?! Até seria se não fosse nossa timidez, afinal não é todo dia que saimos pela faculdade, parando pessoas desconhecidas e as entrevistando... Mas esse não seria o obstáculo maior.
Encontrariamos pela frente pessoas e histórias totalmente diversas, umas engraçadas, outras emocionantes, mas todas convergiam para o mesmo ponto: O QUE É LAZER MESMO??
Infelizmente, muitos não sabiam expressar o que era lazer, pois como saber o que é lazer, se não pode tê-lo, não é mesmo?? Entrevistamos muitas pessoas que em seus momentos "livres", vale lembrar: quanto tinham!!, passavam trabalhando. Fazendo afazeres de casa, fazendo um "bico" para aumentar a renda do mês, cuidando de um parente hospitalizado...
A partir dessa entrevista tiramos a conclusão que as pessoas estão esquecendo um pouco de cuidar de si mesmo...Mas vamos lembrar que lazer não é regalia não, é direito de todo cidadão!!

sábado, 5 de novembro de 2011

Laboratório de T.O - O corpo e a arte na Terapia Ocupacional


As abordagens corporais, as danças e as artes de modo geral tem servido e
mobilizado terapeutas ocupacionais em sua prática profissional tornando-se importante ferramenta em suas ações em diferentes contextos e problemáticas.
Com base nesse conceito, tivemos uma palestra com, o terapeuta ocupacional e ex-coordenador do curso de Terapia Ocupacional UFRJ, Marcos Vinícius Machado.
O corpo e a arte juntos com a T.O implementam transformações no cotidiano da população atendida e favorece sua inclusão em atividades culturais, desenvolvendo e pesquisando habilidades, estimulando e construindo conhecimento artístico e redes de convivência, compartilhando a idéia do exercício cultural como escuta das diferenças.


Vida transformada em obra, cuja força, beleza e estranhamento impactam.

sábado, 22 de outubro de 2011

Laboratório de T.O - Lazer , direito ou dever de todos?

Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias).

A palavra lazer deriva do latim licere, ou seja, "ser lícito", "ser permitido".

Poderíamos definir lazer, como uma forma de você utilizar seu tempo dedicando-se a uma atividade que você goste de fazer, o que não significa que seja sempre uma mesma atividade. Esta atividade pode ser uma entre tantas outras.




Sobre o tempo disponível reservado ao lazer, o conceito aqui utilizado é aquele momento/tempo diferente do tempo dedicado ao trabalho e que está disponibilizado para uma atitude/atividade que se caracterize enquanto lazer. Consideramos, ainda, que lazer é direito de qualquer cidadão – inclusive daquele que é considerado deficiente, independente de classe social, crença, idade, raça, gênero, orientação sexual ou estilo de vida.
Vê-se então a idéia reducionista do lazer sendo alimentada e veiculada pelos meios de comunicação de massa sendo que mal interpretada, a idéia é vendida, na maioria dos casos, como atividade física/esportiva, artística/cultural, recreativa, ao ar livre e/ou em espaços intencionalmente construídos para tais fins, com um grande número de pessoas bonitas e felizes, e uma parafernália de produtos que referenciam, socialmente, a qualidade de tal lazer.
“traz-nos duas grandes considerações em torno do lazer, importantes para a ampliação de seu conceito: a especificidade abstrata e a especificidade concreta que envolve o tema. A saber, o entendimento do lazer unicamente em sua especificidade abstrata define a não consideração do conjunto de condicionantes sociais, políticas, econômicas, culturais entre outras que tendo como alicerce a questão sócio-econômica, gera e estimula, mascaradamente, as desigualdades quanto à apropriação pelo capital do tempo disponível do trabalhador tanto em quantidade de tempo quanto também em qualidade”( Marcellino 1995).

TELETON 2011 - " É preciso saber viver.."

Com o objetivo de ampliar a quantidade de atendimentos, que até 1998 eram centralizados na unidade de São Paulo, a AACD criou o Teleton, uma maratona televisiva que busca conscientizar a população a respeito das possibilidades de um deficiente físico, gerando grande mobilização social.

Além de prestar contas das atividades realizadas pela entidade, é uma das principais ferramentas de captação de recursos da instituição.

Em 2010, o evento arrecadou R$ 23,9 milhões, valor destinado à construção de uma nova unidade da instituição, em Mogi das Cruzes (SP), que deve ser concluída em outubro de 2011.

A 14ª edição do
Teleton será realizada nos dias 21 e 22 de outubro de 2011. Mais uma vez a AACD contará com a parceria do SBT, responsável pela geração e transmissão do evento para todo o país, durante mais de 24 horas, ao vivo.

Você pode doar para o Teleton a qualquer momento. Com a sua contribuição, a instituição poderá manter os atendimentos que já realiza e atender mais de 32 mil pacientes que estão na fila de espera.

Curiosidade

Criado em 1966 nos Estados Unidos pelo ator Jerry Lewis, que teve um filho deficiente físico, o Teleton é realizado em mais de 20 países da Europa, América do Norte e América do Sul, anualmente. A América Latina possui uma organização dos países que realizam o Teleton, a Organização Internacional dos Teletons (Oritel). O objetivo da Oritel é favorecer a troca de conhecimento entre os países e instituições, além de possibilitar uma melhor integração entre aqueles que visam uma sociedade mais justa e produtiva para os deficientes físicos de todo o mundo.

As empresas que apoiam causas sociais, como o Teleton, são preferidas por consumidores e formadores de opinião. Contribua para melhorar a vida de milhares de deficientes físicos.

Como doar:
0500 12345 05 – R$ 5,000500 12345 10 – R$ 10,000800 774 2011 – para doações acima de R$ 30,00
www.teleton.org.br – doação de qualquer valor acima de R$ 5,00